Alexandre Herchcovitch: “Precisamos
de uma política de incentivo, assim como aconteceu com a redução do IPI
do automóvel. Dessa forma a roupa não ficaria tão cara quando chega ao
consumidor. Falta atenção à indústria têxtil porque temos que comprar
tudo de fora em vez de comprar no Brasil”.
Reinaldo Lourenço: “A gente vai ter que ter um investimento na parte industrial e vamos ter que rever a importação e exportação de tecidos”.
Lino Villaventura: “Na
verdade a moda brasileira está precisando de muito mais atenção por
parte do governo, tanto do federal quanto dos estaduais. Nós geramos
emprego, geramos uma economia forte, temos um grande potencial de
exportação e precisamos do apoio do governo para isso. Precisamos de
profissionais bem treinados para trabalhar nas nossas fábricas.
Precisamos de cursos para isso, para as costureiras, porque sem
costureira não existe roupa, não existe nada. O governo vai ter que
tomar providências imediatas. Temos que falar com a presidente Dilma
para que ela possa tomar alguma atitude em relação à moda brasileira”.
Roberto Davidowicz, fundador
da Uma e vice-presidente da ABEST: “Precisamos de uma mudança radical
de impostos para o setor. Tem que tirar essa carga tributária. Isso
revolucionaria a indústria da moda no Brasil”.
Eduardo Dugois, diretor
de marketing da marca Gloria Coelho: “A indústria automotiva emprega
menos do que a moda e recebe muito mais benefícios. Importar tecidos
complica também a produção das roupas, porque sofremos atrasos na
entrega. E claro, uma redução de impostos. A cada R$ 100 que você paga
em uma roupa, R$ 54 é só de imposto”.
Fause Haten: “Eu acho
que só mostrar essa união já é realmente muito significativo. A moda tem
uma força que veio conquistando nesses últimos anos, no sentido de
negócio mesmo. Acho que é isso que as pessoas estão querendo mostrar e
eu acho super válido. Qualquer passo que vier será sempre bem vindo”.
Samuel Cirnansk: “Eu
acho que ela pode achar uma forma de o nosso produto ficar mais
competitivo no preço, na qualidade, na tecnologia. Acho que podemos
conseguir os tecidos no Brasil para a roupa ser feita aqui também e não
fora do país. O governo pode nos ajudar com as importações, dificultando
um pouco o mercado externo, para que a gente resolva primeiro o nosso
mercado interno e depois abrir as portas. Acho difícil abrir as portas
de uma casa bagunçada, as pessoas se aproveitam da bagunça. A gente não
se resolveu ainda e se isso não acontecer, vamos ficar para trás. Temos
que baixar todos os encargos trabalhistas. É difícil pagar aos nossos
empregados, é difícil ter uma empresa. No final não sobra nada para a
gente. Nós não precisamos que ela nos dê nada, mas sim que ela nos ajude
a continuar o nosso trabalho. Concorrer com países arrumados é muito
forte”Paulo Borges: “Primeiro ouvir de todos as necessidades de inovação e transformação no mercado. Qualificação de mão de obra, investimento para que a gente possa ter matérias-primas mais competitivas, analisar as políticas de entrada de matérias-primas criativas para a moda, são várias coisas. Tem também todas as questões de tributos, de logística da moda no Brasil e de como você pode criar um plano de investimento para as empresas que produzem moda criativa. Como é que elas podem ser vistas no governo para que possam ter uma facilitação de investimentos, até para poder competir com o mercado global, que cada vez mais está dentro do Brasil”.
Alberto Hiar: “Eu acho que a gente tem que conversar com toda a indústria da moda. Essas não são medidas que eu posso falar sozinho. A moda tem que se unir e levar uma proposta única. Quanto às medidas concretas, é isso que a gente quer perguntar para ela (Dilma)”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário